A ameaça de internacionalização do comunismo após a revolução russa de 1917 foi responsável pelo surgimento de governos fortes, ditatoriais ou não, em praticamente todos os países mais adiantados. Enquanto em alguns ocorreu apenas um endurecimento quanto a grupos activistas socialistas, em outros instalaram-se ditaduras cujas ideologias ou se opunham frontalmente às propostas comunistas, ou tentavam neutralizá-las com medidas de segurança nacional no bojo de um projecto político com forte apelo às massas (o fascismo de Mussolini, o justicialista Peron, o sindicalismo de Vargas). O nazismo foi uma proposta de oposição frontal.
O Nacional Socialismo, foi um movimento absoluto triunfante na Alemanha, em muitos aspectos parecido com o Fascismo italiano, porém mais extremado tanto como ideologia quanto na acção política. O partido político foi baptizado Nationalsozialistishe Deutsche Arbeiterpartei com a abreviação Nazi.
Filosoficamente foi um movimento dentro da tradição de romantismo político, adverso ao racionalismo e aos princípios humanistas que fundamentam a democracia. Com ênfase no instinto e no passado histórico, afirmava a desigualdade dos homens e das raças, os direitos de indivíduos excepcionais acima das normas e das leis universais, o direito dos fortes governarem os fracos, invocando as leis da natureza e da ciência que pareciam operar independentemente de todos os conceitos do bem e do mal. Demandava a obediência cega e incondicional dos subordinados aos seus líderes. Apesar de ter sido um movimento profundamente revolucionário, procurou conciliar a ideologia nacionalista conservadora com sua doutrina social radical.
O partido nasceu na Alemanha em 1919 e foi liderado por Adolf Hitler a partir de 1920. Seu principal objectivo era unir o povo de ascendência alemã à sua pátria histórica, mediante sublevações sob a fachada falsa de "autodeterminação". Uma vez reunida, a raça alemã superior, ou Herrenvolk, governaria os povos subjugados, com eficiência e a dureza requerida conforme seu grau de civilização
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